Contraversando
Por: Suellayne Almeida
quinta-feira, 10 de março de 2016
Inverno de 1993
Ainda arde a lembrança
De teu paladar
O destino, em que furtara
Nossos sonhos pueris
E em cada esquina
Joguei apostas restantes
Que sobrara de mim
Mas o tempo gera
Singular, e a cada
Pôr do sol, a sombra
De teus passos
Feito quimera vens
Ao meu eu a afanar,
Nos teus lábios
O firmamento sobre os dias a mais.
Livro: 1.205 F: 251
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Torpedo
Sobre farol de teus olhos
Sei que longes clareia
Enquanto ao meu eu,
Se fez morador,
E se naufragares,
E me faltara estrelas
Fiz uma prece,
E ao nosso verbo,
Vieste, a rasgar a estes versos
Pois es tu quem repousas,
Sina, que arde em mim,
E há terra à vista,
Até quando ao se pôr as luzes
Da cidade, ah
Todas elas tens suas cores.
Livro: 1.205 F: 251.
sábado, 9 de janeiro de 2016
Entretanto
Assinalei as alternativas
Antes das respostas
Se tens você,
Tanto que fizeste
Esqueci de mim,
E ao habitar em ti
Vieste , o x
Da questão
E meus olhos
Sempre a busca dos teus
Sopra ventos,
Enquanto ao tempo
Despeço, com historias
Que não haja ponto final
E que os descompassos,
Sejam de teus abraços, tão junto ao meu.
Livro: 1.205 F: 251
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Outono
Além das cores,
Tudo desfoca daquilo
Em que não se tens a você
Cá, em meu pobre coração
Mesmo sem saber,
Ao que fiz por merecer,
Vieste, então, desfiz os laços
E lhe dei os "nós"
E foi assim por medo de mar
Mesmo que houvera
De dizer, a qualquer pranto
Tudo é solidão,
Assim lhe direi
Que o tornar de tuas mãos
Me fizeste refém,
"liquidificador".
Livro: 1.205 F: 251
Tudo desfoca daquilo
Em que não se tens a você
Cá, em meu pobre coração
Mesmo sem saber,
Ao que fiz por merecer,
Vieste, então, desfiz os laços
E lhe dei os "nós"
E foi assim por medo de mar
Mesmo que houvera
De dizer, a qualquer pranto
Tudo é solidão,
Assim lhe direi
Que o tornar de tuas mãos
Me fizeste refém,
"liquidificador".
Livro: 1.205 F: 251
sábado, 17 de outubro de 2015
Um a um
Ela tinha um sonho
Queria voar,
E assim que lua
Se deitou sobre nosso quintal
Contei as estrelas
Algumas até caíram
Anelaram nossos corpos
E a meia luz,
Sobre o breu de teu olhar
Estórias,
Linda rosa,
Espero que antes que adormeça
Desperte,
Os teus sonhos,
Estarei cá, sobre a mesma jangada
A pescar, sobre meus veraneios.
Livro: 1.205 F: 251
domingo, 30 de agosto de 2015
Setembro
E a coragem
De minhas mãos
Transbordando ao nosso olhar
Tens ao cheiro de flor
Onde a outrora primavera
Vens a me segurar pela mão
Teus cachos, é o abrigo
Que transporto,
E quanto o desconsolo,
Vens a ressaca de nossos corpos
Assim trago, como um folião
E se,
A culpa é minha,
Os erros foram teus,
Assim lhe peço que me tragas
Pois és no teu leito
Que tens a certeza que haverá
O dia, e sol já vais se pôr.
Livro: 1.205 F: 251.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Minas
Só quero a liberdade,
Que encoraja das minhas
Mãos,
Para que a alegria
De minha mocidade
Possa florescer,
A noite é um folião
Que zombas de mim
Já não posso calar
Grito, a todo desconsolo
Já vens um abrigo,
A outrora primavera
Mesmo que as noites
São escuras, os dias são infames
Com um trago,
Te trago comigo.
Livro: 1.205 F: 251.
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