segunda-feira, 30 de junho de 2014
Revanche
Acima do nível
Da cordilheira
É assim,
Que me prendes!
A tuas vertentes
Sem pudor
Se revela,
O que anestesia
E troco de instantes
Minha pobre alma
E que se dane!
A todo pesar que nos sufoca
Nesta adoração
E quando me conquista
Calar-te com beijos
No confessar, de nosso intimo.
10/03/2014, Livro: 1.205 F: 251.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
A rosa de Hiroshima
Quando cheguei até aqui
Nada havia,
A não ser este mais
Que se amplificava
Mais por mais,
E que não seja por menos!
Se o vazio, é sinônimo
Do vago silêncio...
Aclama o enluarar
E justo agora!
Nada haverei de querer
Senão, desdizer que fostes
O fúlgido esplendor
Que bombeia
Meus pontos vitais
E os devaneios nos aplaude
Ao nosso desfrutar.
26/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Trapezio
O que mais nos valia
Do granizo que se enlace
E quanto custa a liberdade?
é um desalento
Que nos debocha
Noutro lado da face
As esporas,
Deste desejo
É queda livre
Vou assaltar o entardecer
Para nos prostrar
Sem que faça piruetas
Pois tão sagrado descobrir
Que és tu que abocanha
Minhas estrofes,
Neste oxigênio, que nos tatuou.
20/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Ordem e progresso
Há quantas vezes,
Os corredores nos exprimem
Mas há uma passarela
Ao teu deparar
Coisas assim,
Que se remetem
Numa colisão,
Na procissão jamais se intimida
E se desfalece,
Há os fisgo de arrame
De suas unhas cravadas
Inexprimível brasa,
Um disparate as colinas
Intercede nosso castiçal
é nessas horas que a fortuna
Nossos corpos um País.
16/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Entre o 8 e 80
No pavor do azul
Destes grilhões se surge
Se nada sei,
Quero é o tempo
Que rodeia em torno de?
Mistérios aparentes
Que não há de cessar
Nosso paladar,
Aquele de outrora
A sabedoria dos rabinos
Que logo se contenta
Para não contrair
Aos lampejos
Que nos instiga a sorte!,
Sufoca a nossa melancolia
E até posso ver o vislumbre
Que nos vela.
15/03/2014, Livro: 1.205 F: 251.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Líbido
E hoje,
Posso querer-te
Assim, por nada dizer..
Tenho sede!,
De nossa doida esperança,
E no silêncio
Fantasiar teu lábios,
Ser cúmplices dessa trama
E nunca deixar se perder
Noutra alvorada
E toquem o clarim
Desvairado
É que lhe tenho
Tanto apreço,
Quem dera, grita-los
Nesta cobiça, i-m-o-r-t-a-l.
07/03/2014, Livro: 1.205 F: 251.
sábado, 14 de junho de 2014
Acalanto
E nos governa,
A cada por do sol
Essa força, que das embarcações
Nos herda,
As veredas, e vens
Sem lembrar
Das chaves,
E o vento, nos lança
Sobre as venetas
Que nos exige que abona nossas
Existências..
Que a um só!,
Somos um colossal
Que não seja quimera
Na corrente fadiga,
E deixa pesar!, teu colarinho ao meu.
10/03/2014, Livro: 1.205 F: 251.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Epifania
Vinhas na contra-mão
E sem retrair,
Nosso paladar
Que sem licença,
Ou perdão,
Estende as farpas
De cada pedregulho
Ao ribeirão, e na claridade
A gloria,
De nossos suspiros, nos entanca!
O sabor da noite
E fomos farrear..
Até os magos
Nos presentear,
Com essências,
Para que não distraia!, nossa sina.
09/03/2014, Livro: 1.205 F: 251.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Seu mestre mandou, amar-te.
E cá, neste espaço terra!
Há tantos pontos de partida
Nos ordena!,
E pela veneziana
O astro-rei, encoberta
Nossas almas,
E se reacende,
Já não se sabe
Das marcas!,
Triunfa, em nossas entranhas
Desanda os palpites,
Na mira sideral
E numa cerimonia
Que emana da manhãs
A brindar nossa,
Refazenda.
03/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.
sábado, 7 de junho de 2014
Ciranda de Tétis
Essa mania que possues
Esmigalhar o fervor
Das águas,
E fostes a enxugar?
Há quantos remendos?
Tétis, a uma dádiva cardeal,
Nos une!
E que adora nos ver
Resmungar,
Quando muito nos assusta
De instantes vens,
Feito mestre-sala
Com júbilo,
A um intimo enredo
Aponta, o que conduz
Ao firmamento, ardil de teus lábios
04/05/2014, Livro: 1.205 F: 251.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
O Éden
As cálidas amêndoas
Desenhadas,
No Vidigal, abre alas
Ao teu cheiro que mordaça
Já que somos pássaros viajantes
E que nada há de temer
Sobre a qualquer veraneio
Uma atmosfera
Faz morada
Em nosso quintal,
Prospera as tuas cores
E retrata,
A fotossíntese
Que se refugia em tua iris
E até o abismo, tens a ruir
Sobre a sombra de nossos braços.
27/02/2014, Livro: 1. 205 F: 251
terça-feira, 3 de junho de 2014
Saturno
Tu és a chama
Eu candeeiro,
E numa bem aventurança
Que não sei de onde vens
Deste véu feroz,
Nossa sedenta trilha
De quem muito
Contempla a maçã
E na longevidade que se cai
Faz com que se desnuda
Em partes,
É, mas já estamos colados
Doma ao que já tens nome
E a cada pigmento
No solo que nos abrange
As iniciais, cristais, e carmim.
24/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.
domingo, 1 de junho de 2014
João e o pé de Feijão
E nesta babilônia,
Nossos laços se realinha
De uma forma tão branda!
Que tens o dom!,
De planta dormideira
Que nasce na beira
Deste rio,
E a nos banhar
Nos oferta,
Que nada é "dor"
E a saciar esta gula
Que se fez chover no sertão
Tão leviano
Que surge a noite a nos casar
Num árido,
Sentir dourado.
05/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.
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