sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Outono

Além das cores,
Tudo desfoca daquilo
Em que não se tens a você
Cá, em meu pobre coração 

Mesmo sem saber,
Ao que fiz por merecer,                                                                                                                                                      

Vieste, então, desfiz os laços
E lhe dei os "nós"

E foi assim por medo de mar
Mesmo que houvera
De dizer, a qualquer pranto
Tudo é solidão,

Assim lhe direi

Que o tornar de tuas mãos
Me fizeste refém,
"liquidificador".

Livro: 1.205 F: 251

sábado, 17 de outubro de 2015

Um a um


Ela tinha um sonho
Queria voar,
E assim que lua
Se deitou sobre nosso quintal

Contei as estrelas
Algumas até caíram
Anelaram nossos corpos
E a meia luz,

Sobre o breu de teu olhar
Estórias,
Linda rosa,
Espero que antes que adormeça

Desperte, 
Os teus sonhos,
Estarei cá, sobre a mesma jangada
A pescar,  sobre meus veraneios.


Livro: 1.205 F: 251

domingo, 30 de agosto de 2015

Setembro


E a coragem
De minhas mãos
Transbordando ao nosso olhar
Tens ao cheiro de flor

Onde a outrora primavera
Vens a me segurar pela mão
Teus cachos, é o abrigo
Que transporto,

E quanto o desconsolo,
Vens a ressaca de nossos corpos
Assim trago, como um folião

E se,
A culpa é minha,
Os erros foram teus,
Assim lhe peço que me tragas

Pois és no teu leito
Que tens a certeza que haverá
O dia, e sol já vais se pôr.


Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Minas


Só quero a liberdade,

Que encoraja das minhas
Mãos,
Para que a alegria 

De minha mocidade
Possa florescer,
A noite é um folião
Que zombas de mim

Já não posso calar
Grito, a todo desconsolo
Já vens um abrigo,
A outrora primavera

Mesmo que as noites
São escuras, os dias são infames
Com um trago,
Te trago comigo.

Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Senhas

Hoje tenho a certeza
Ao que ocupa,
Aos descaminhos
Decolei e pousei,

É, o dia se pôs,
E junto ao nascer do sol,
Se tens você,

A flor, amiúde
Punhal de amor
Que sana, aos desvarios

Pescador lançado
No revolto infinito
Mergulhado em teus olhos
Submersa ao teu Azul.

Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Kriptonita


Abrir a porta,

E um pressentimento
Sobre a fresta 
Da janela,

Encara  teu nome!
Que jaz em mim
Tens um calor..
Quase desumano

Se tive medo
É que olhar assim,
Exato,

É o horizonte
Que mata a minha sede
O obrigo, que me transporta
A pureza de teu olhar.

Livro: 1.205 F: 251

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Ela

Anteontem, se já não
Me lembro mais,
Foi que de ti vieste, 
Amanhecer meu súdito

Coração, e se..
Já não penso mais!
Nas razões que desfrutara
Deste meu ar,

É que , bem ali tem um jardim
Belas flores..
A mais linda és você,

Preciso redescobrir

O acervo para descrê-la
Ou desprender-me deste oficio
Pois ela, já é a própria poesia dita!.
Livro: 1.205 F: 251

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mar e sol

Eu espero,
Que ao desfigurar
Nossa face sobre a multidão
Se chova,

E sem motivo aparente
Te cubras um sorriso
De peito aberto,
O árbitro, que por cá ficou

Os três apitos a revelar
Que ao mergulhar,
Costão de pedra brava..
Se..desventurar nossas mãos

Fere, mas não mata
Pois no teu olhar..
Navego se preciso for
Pois nos vela, com afeto, a eternidade.
Livro: 1.205 F: 251

segunda-feira, 30 de março de 2015

Linha de passe

A liberdade
Da noite, tens o penar
Que a alimenta
Essa vontade louca

O que antes era pesar
Hoje adormece,
No desfecho,
Que fizeste de ti

O meu bem querer
E que a quimera
Se preencha de teus braços
Brando, rochoso

Feito um sonho
E o tempo da colheita
Se desperta!, assim lhe tenho
Ao meu peito,
No nosso disperso infinito.

Livro: 1.205 F: 251

quarta-feira, 11 de março de 2015

Par Amour

No abismo,
Que vens a chegar
Lua bonita,
Ressoa teus sinais

E sem me distrair
Ao beber de teus lábios
Escuro espelho
Aos outonos,

Desfolham mistérios
Tua cintura, o vislumbre
De meu amado regresso
O que queres?

Aqui jaz em meu leito
Debruço em teus seios
Apalpo o silêncio
Que virtua

De tuas mãos
Assim a vida cruza ao
tempo, nossa primavera
Que jamais se cessaria.

Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 3 de março de 2015

Dia branco


Quem dera desfrutar

Do correr do tempo
Que lhe traga,
Feito água de rio

E que a vingança
Vens a declamar
Com a ternura,

Pois lá vem, 
Descendo a ladeira
E um aperto no peito
Pois o crer,

Que o presente
De sorrisos sinceros
O álibi, que vens a clarear
A outrora chuva de verão.

Livro: 1.205 F: 251

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A cartomante


E tudo se faz sentido
Num desatino
Teus passos incertos
A dizer,

Que toda beleza
Tens o troco com
Um níquel de tostão
Deste espelho

Toda a iniquidade
Vens com a censura
Dos raios de sol
A revelar teus cabelos

E  todas as manhãs
ao longe daqui
Um bom dia, para me socorrer
As tuas prisões, 
O colossal de estrelas.

Livro: 1.205 F: 251



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Bahia

Saudoso,
É a leveza do vento
De areia, e que se tem
Muito a dizer,
Com sorrisos de abraços
Lhe dou um ginga,
A gira,
Com muito axé!
E sol que dali rabiscou?
Deixou marcas,
Que de um beijo quente,
Que por cá ficou.
Livro: 1.205 F: 251.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Eternamente



Há de imperar,
O ar que se fez nascer
Aqui, dentro do peito
E  se como miragem

Vens abrigar,
Assim lhe recebo,
Doido de desespero
Pois se teu cheiro

Se desvirginar, 
Vou mergulhar no segredo
De tuas mãos,
E aqueles olhos candis

Logo vens,  a devorar
O traduzir, que há Vida
Quando se tens o ilhar 
De nossos corpos.

Livro: 1.205 F: 251

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Bossa nova


Atirei meus sonhos!,
No expoente do pulsar,
De tuas artérias,
Onde a realidade,

É a eternidade,
Que tens o bem- dizer,
Das aves que lavram
As feridas...

Jato d`agua
Que me arrasta de
Encontro ao labirinto
E se perder?

Que se perca!
No seu olhar..
Fiz de teu corpo
Um altar

Que seja a felicidade
O abraçar,
Deste meu mais lindo cais.


Livro: 1.205 F: 251

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Andança


Sigo os passos,
Disfarço as pistas
É que para que o rastro da serpente
Não te alcance!,

Que mesmo ao longe,
De espanto..
Tua áurea,

Evidente?..
Que descobre o manto!
Claro?! quase não

Vejo em mim,
Pois tu és, os vales
Que me transborda!.

Livro: 1.205 F: 251