sexta-feira, 30 de maio de 2014

Os muros de Berlim


Desvendando o abrir
Do ícaro, me fermenta 
a vontade,
Do quão bem te quis

E neste percurso
Que nos une! a destrinchar
Teu codinome
Berlim!,

E nos condena!
Ao mesmo réu, 
E se os confundo,
Dando boas vindas 

Ao sinal das caravelas,
É que é luz,
E teus  olhos singular
Me dar ares, com  a luz do dia.

15/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Circo escola


Se eu pudesse somar
Seus ancestrais
E sobre a linha de tuas mãos
Que mera vaidade!,

E a qual ciclo que
Se compõe duma
Devoção, nas curvas
De suas expressões

Nestas lonas,
De tão lânguidos 
Que desta matéria,
Os teus, que de tão meus, 

É, bem sei!, somos protagonista
Da mesma rota, 
Neste mesmo palco, a nos alvejar
Entramos em cena!.

19/02/2014,
. Livro: 1.205 F: 251. 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

"Era uma vez" Os quatro elementos


E quanto, o tempo nos leva?
Para desatinar, 
Aquele desfalque, 
Feito uma melodia, 

Pra tua voz,
E neste esboço,
Dos respingos jazido
De teus olhos!,

Me traz o esconderijo 
Do calor de tua pele
Que me corta mais
Logo cura,

Que tens a cor de teu rir
De tão magistrais
Que a terra, se de "forma"
Nesta fábula, e seja lá, o que for.

17/02/2014. Livro: 1.205 F: 251.


sábado, 24 de maio de 2014

O formigueiro


Eis que finda,
O horizonte, nesta relva
E se milésimos dias
A compõe, nascida da Lua

E o translúcido Sol
Nos  veda,
Assim posso descrever,
O que nos refrigera,

Num gosto ímpeto
Que seu tamanduá, sobre este
Formigueiro,
Há uma peneira

E que o ferro não os fere,
Descende ao maná
E enraíza, as sementes
De nossa cidadela.

23/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Sentinela


Em virtude que 
A orbita se repousa
Posso desdenhar, ah! estrelas,
Todas elas tem o teu brilho!

E faço seresta
Ao teu terno olhar
O sol  ainda me arde
E quando pensar

Que fartos estiver
Lembro que tua destra nos eleva
Nos mantem,
A este  planetário 

Onde os meteoritos
Quando atirado a beira mar
Numa maremoto nosso  reflexo
Nos pôs, a arejar.

21/02/2014
Livro: 1.205 F: 251.

sábado, 17 de maio de 2014

Os Castores


Hoje o céu,
De tão preguiçoso!
Faz teus gestos
E teus lábios

Que mais parece
Avelãs,
Num palpite que
Que acalma

E o teu cenho, a franzir 
Ao relógio parado
Até que vejamos
Os castores, que nos aterros
Pudera!,

Em construirmos algo 
Que pudesse nos valer
E bem sei, veremos 
o céu abrir

E nos ladrilhos 
Deste teus olhos, é um labirinto
Transparentes feito 
Bolinhas no ar.

30/03/2014, Livro: 1.205 F: 251.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Carrossel


Os trigos que semeei
Queria eu! 
E se junto aos lobos
Semear,

E os grãos 
A se germinar
Dar te-ei
O nó das paralelas

É,
Para não haver descompassos
Nossos passos
Sem luta!,

E neste carrossel
De pés descalços
E corpos febris
Nos ancorou.

25/02/2014, Livro: 1.205 F: 251

Roda Gigante


Do fogo, 

Que antes palha, se alastrou
E os tijolos?
De nada fere!

E quando  nos a veia
De certo! o ato de estar
Dizer que, 
Os juros se inflama

E sempre que houver 
Adoentados, até que debruce
Assopre é  frutífero
Nas alvoradas

Há pipas 
A se a alçar
As gotas reembolso
É  doce, Maria.

21/02/2014, Livro: 1.205 F: 251