quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Lei Áurea


E se somos vitimados
A esta cegueira, é que se diz 
Que haverá um risco, disperso
Para o infinito

Aonde adormece o dia 
E ao teu ser possante 
Passeia a noite
Que no dispor,

Deste principio,
Sei que a cada pé desta estrada
E nos teus ombros eternos
Olhando ao seu olhar

Sei de cór,
A lua de passagem, 
O encontro, que rouba do efêmero,
Pego carona, e peço que me leves! 
Assim de ultra-leve, no transpor
De teu cativo.

Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Naufrágio


E se já não sei,
Sobre a grande neblina
Que se  tece,
E isso acontece!, 

Quando das partículas, 
Se decifra, sobre aquilo que há
Ao avesso de meu ser
É tão lindo,

Que não se ausente!
Pois é como um tal mergulhar
Submerso..
Que não deixa, o que lhe dei..
Aos borralhos..

E de tão inconstante
Que já não caibo aqui
Em mim..se tens a nós!
Posso levar-te,
Aonde esconde as estrelas.

Livro:
 1.205 F: 251

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pontos vitais


Mesmo que pudesse
Usufruir desta flecha
Quem rabisca teu viver
E tens o guardar do dia

Que vens a sarar
Nosso ser,
Raro, mudo,insano..

É, para que antes que amanheça
Na brancura,
Do render de tua  viajante
Presença que se faz

O reconvexo,
Que exibe na tua face
Com o florir,
Nossos pontos vitais.

30/05/2014, Livro: 1.205 F: 251

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Agosto


E no céu ainda vejo
Gorjear,
Desta minha conversão
Como uma frase feita

Arranha a garganta
Dê seu tom,
E não tenhas Dó,
Ave de rapina

Que tão doce
Desenrola, as correntes
Meu ópio,
Da mais fina dor

Já não poupe as soluções
Gosto quando rabisca os segundos,
Que se domestica,
E aos nossos corpos,
Na malicia de nosso viver.
26/05/2014,
 Livro: 1.205 F: 251