sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dna


Desculpa!,
Se a descrença
Que desprende este pranto
Beija teu riso

Que jamais se envergonha
Se há tantas farpas
É tão ardente,
Este pedaço de mim

E se tens a guardar
Nos acordes de tua voz
Que se estremece!,
Posso crer que,

Deste vento cortante
Corre, e sem disputa!
A ultima gota, 
Dois a um.

24/05/2014, Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Maresia


E se por aí, for a rondar
Só peço que guardes
O apertar de nossas mãos
Não sei o que mim

Pudera, em  pousar
Uma verdade tola
Se há tanta certeza
Sobre teus ombros

Que faço confissões
Ao meu íntimo
E só nos maltrata, ao transformar
Dessa juventude

Que vadio, se bebe
Num doce tormento
Que nunca se esvaece
E  vens a serenar, e renasce
Num  gosto perpetuo.

20/05/2014
Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Opus do amor


E os meus pés 
Que de tão cansados
E como um troco
A noite quando 

Se propaga, 
E o tempo de teu afagar, 
Se tens a ceifar, é nestes vales
Que me arrasta,

E logo vens purificar
Aos instantes,
Numa claridade integral
E a nos coroar, se pôr assim reinar?

É este o meu mais valia,
Evidenciando,
Que até o desde já deste presépio

Há vida,

E dela, se não cessar
Nosso ser inconstante 
Pois tens a você

Que muito adormece

Numa forma que conforma
Aos nossos abraços 
Nada te faltará.

17/05/2014Livro: 1.205 F: 251.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Letra pra melodia


E bem digo!, já que todo desventurar
Dali que se enobrece
tua forma espelhada
E quanto a este lado

As ondas se preenche
Nossa frequência
Já não importa,
Se haverá maremoto

Mas que desta nossa 
Linha indivisível
Intensifica, aquilo
Que não há mudança

E se nos tira o sossego
São coisas que nunca esqueço
A mesma beleza
Que ao deitar do nascente

Descobrindo que és tu,
E o mais, não surpreende
Tens um todo inspirar,
Assim como as andorinhas
Assobiam para sobreviver.

15/05/2014, Livro: 1.205 F: 251.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Trancado


E jogo as chaves 

Se tens o notar
Que adentro de meu âmago
Transborda esta queixa,

Que se isso, é aquilo
És tu quem me valha!,
Dá asas a serpente
Que nesta balada arrastada

Se eterniza
E nosso rir incerto,
Se depara ao escudo de teus olhos
Que é feito lâmina,

Rasga o dia,
E se perpetua,
A toda gratidão, e nos sustenta
E de um não mais regresser.


07/06/2014, Livro: 1.205 F: 251