quarta-feira, 23 de julho de 2014

Bandeira branca


E observamos a cada cessar
E se  vejo que és tu,
Que habita no centro
Deste meu ser

Declamo a dependência

De quão ao precioso o valor
Numa quase ganância
Que vens a nos tirar

O folego,
E adorar-te assim,
Para nunca mais se perder
Aos ponteiros,

Que antes erravam
Hoje se estanca
Ecoa no ritmo de nossos braços 
Que se pôs a se casar

E liquidificador
Do tão somente antidoto
Que se tens a beber
De nossos lábios.

02/04/2014Livro: 1.205 F: 251.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Doce presença


E sobre teus moinhos,
Como neon,
Se domina!, só não duvides..
De cada raiar que nos traz

E que muito nos corteja 
Que não há!, 
Noutro canto, 
Quem se questiones!

Quão frágil tremor
Que se convence o orgulho
Se tens como refrigério
Em nossas vértebras

Numa forma
Que és de tão bem- dito
Feito um  por- do- sol
Que se dispõe, 
A decorar nossos lábios.

30/03/2014,
  Livro: 1.205 F: 251.


sexta-feira, 11 de julho de 2014

O despertar Alfa


E teu rir,
Que se tens o parecer de asas 
E quando o calar de nossas mãos
Nos dá conta,

Que haverá só o hoje
E numa dita matiz
Daquele teu olhar 
Que nos corrompe

A toda gratidão
E só se  reprime, 
A este teu jeito, verde de ser
E  quem me dera,

Que aos trocadilhos
Da fluência das nuvens!
Logo desabafa!
A nos  afagar, de tanto

Que prendes!, 
Ao desembaraçar
De nossa correnteza.

28/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O grão de Ametista


Sem você
Os dias não se aviva
As areias do deserto
Cessaria..

E dizem que, por aí
Há tantos descaminhos
E não os quero,
Sem que algum deles

Não houver
O teu bendito
Cheiro navegador
Já não dá para ocultar!
Que és feito um bordão

Se vens,
É como o chegar da mocidade
Como a força, onipotente da manhã
Que nos faz manha.

26/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ternura


E dias assim,
Escorrem dentre os dedos
A cada aurora, 
Já nem preciso dizer

Pois tens a obedecer
Aos teus olhos
Que são feito raio x
E tens o parecer

De nuvens 
numa garoa de verão
É nosso esboço
Se nos machuca

É que ainda há tanto ar
Numa imensidão,
A nos mimar,

E só mais uma vez
Das inúmeras, 
Nos alucinar
Ao sabor desta ternura.

23/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O aclamar de Vênus


Saquei o punhal

E pouco antes
Do correr de minhas veias
A graça de teu ser ímpar

Encara a imensidão
Como um animal que vai 
Ao longe,
E vens me cravas

A suas tangentes
Paralisa com o queimor
E nossas pernas incertas
A nos explicar,

É quase covardia
Tinges a sua cor
Como um porta estardarte
Nos veda a este pavilhão.

21/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A galáxia


Enquanto de lá
Da linha turva
De teu olhar,
Que tens o parecer

Dum corpo celeste
Que devora, 
A renuncia, do vapor
Da partida, é que cultuamos..

Tanto apego, 
Que nos assina feito lei
Espalhando as digitais
E nos faz crer

No fluir,
Desta mesma videira
Se repousa, nosso contento
por ser eterno.

19/03/2014,
 Livro: 1.205 F: 251.