segunda-feira, 30 de março de 2015

Linha de passe

A liberdade
Da noite, tens o penar
Que a alimenta
Essa vontade louca

O que antes era pesar
Hoje adormece,
No desfecho,
Que fizeste de ti

O meu bem querer
E que a quimera
Se preencha de teus braços
Brando, rochoso

Feito um sonho
E o tempo da colheita
Se desperta!, assim lhe tenho
Ao meu peito,
No nosso disperso infinito.

Livro: 1.205 F: 251

quarta-feira, 11 de março de 2015

Par Amour

No abismo,
Que vens a chegar
Lua bonita,
Ressoa teus sinais

E sem me distrair
Ao beber de teus lábios
Escuro espelho
Aos outonos,

Desfolham mistérios
Tua cintura, o vislumbre
De meu amado regresso
O que queres?

Aqui jaz em meu leito
Debruço em teus seios
Apalpo o silêncio
Que virtua

De tuas mãos
Assim a vida cruza ao
tempo, nossa primavera
Que jamais se cessaria.

Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 3 de março de 2015

Dia branco


Quem dera desfrutar

Do correr do tempo
Que lhe traga,
Feito água de rio

E que a vingança
Vens a declamar
Com a ternura,

Pois lá vem, 
Descendo a ladeira
E um aperto no peito
Pois o crer,

Que o presente
De sorrisos sinceros
O álibi, que vens a clarear
A outrora chuva de verão.

Livro: 1.205 F: 251