sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O farol


De encontro ao porto!
Acolchoado dentre,
Tantas pernas..
E teu corpo?

Um correnteza
Que deságua,
Meu quase mar!,
Infinito,

Arrastado, esvaído..
Enquanto teus gestos,
A sinfonia inexprimível,

De que quando a lua se deita?
Se tens a  cultivar,
Em nosso quintal..
Farol de ilha,
Que se amplifica nosso ser

Livro: 1.205 F: 251

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O palco


E sobre seu olhar..
É tiro a queima roupa,
Quem dera!, fosse eu?
Teu autor,

A quem contracena
Aos fingi"dores",
E dos amores
Que tive?

És tu, quem tens o ar,
Pedra dura,
Fogo, que arde!

De acerto a minha retina!
Mesmo dilacerado,
Em mim?

Já tomastes conta!
Descende as minhas veias
E com aplausos,
Nos invade!.


Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Cartas ao remetente


E eu? que de tão
Inconstante,
Neste rio, desembravei..
Calei, chorei,

A caçar estrelas,
E nas manhãs
Que vens a decorar, 
teus passos,

Voo livre!,
Tão certo que,
Minha alma se inflama

Na glória, 
Que se pôs a tatuar,
Tuas digitais.

Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Pão e Poesia



E neste riacho raso
Sei que velejas
E tens a nad"ar"!
Como os peixinhos

Num postal que bem sei
Que, nada!, haveria de mais belo
Das outroras..
A agonia,

De nossas palavras
Que de tão bem- ditas!
Nestas aspirais, mesmo que
De encontro ao apogeu

A distância se curva
Sobre a caça da vaidade
Se tens tu,
Quem muito me alimenta.

Livro: 1.205 F: 251


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Efêmera


Um atalho prevejo,
E  declamo a véspera
De teu chegar, peço-te
Que sejas eu!,

Teu morador
Na lança que desanda
O destino,

Alcance o efêmero
Pois, posso lhe contar
Dentro de tudo que houver
Aos minutos,

Que se esbanja
Numa prova que do emaranhar 
De teus cabelos,
Posso contentar no meu cais.

Livro:
 1.205 F: 251

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Lei Áurea


E se somos vitimados
A esta cegueira, é que se diz 
Que haverá um risco, disperso
Para o infinito

Aonde adormece o dia 
E ao teu ser possante 
Passeia a noite
Que no dispor,

Deste principio,
Sei que a cada pé desta estrada
E nos teus ombros eternos
Olhando ao seu olhar

Sei de cór,
A lua de passagem, 
O encontro, que rouba do efêmero,
Pego carona, e peço que me leves! 
Assim de ultra-leve, no transpor
De teu cativo.

Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Naufrágio


E se já não sei,
Sobre a grande neblina
Que se  tece,
E isso acontece!, 

Quando das partículas, 
Se decifra, sobre aquilo que há
Ao avesso de meu ser
É tão lindo,

Que não se ausente!
Pois é como um tal mergulhar
Submerso..
Que não deixa, o que lhe dei..
Aos borralhos..

E de tão inconstante
Que já não caibo aqui
Em mim..se tens a nós!
Posso levar-te,
Aonde esconde as estrelas.

Livro:
 1.205 F: 251

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pontos vitais


Mesmo que pudesse
Usufruir desta flecha
Quem rabisca teu viver
E tens o guardar do dia

Que vens a sarar
Nosso ser,
Raro, mudo,insano..

É, para que antes que amanheça
Na brancura,
Do render de tua  viajante
Presença que se faz

O reconvexo,
Que exibe na tua face
Com o florir,
Nossos pontos vitais.

30/05/2014, Livro: 1.205 F: 251

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Agosto


E no céu ainda vejo
Gorjear,
Desta minha conversão
Como uma frase feita

Arranha a garganta
Dê seu tom,
E não tenhas Dó,
Ave de rapina

Que tão doce
Desenrola, as correntes
Meu ópio,
Da mais fina dor

Já não poupe as soluções
Gosto quando rabisca os segundos,
Que se domestica,
E aos nossos corpos,
Na malicia de nosso viver.
26/05/2014,
 Livro: 1.205 F: 251

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dna


Desculpa!,
Se a descrença
Que desprende este pranto
Beija teu riso

Que jamais se envergonha
Se há tantas farpas
É tão ardente,
Este pedaço de mim

E se tens a guardar
Nos acordes de tua voz
Que se estremece!,
Posso crer que,

Deste vento cortante
Corre, e sem disputa!
A ultima gota, 
Dois a um.

24/05/2014, Livro: 1.205 F: 251

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Maresia


E se por aí, for a rondar
Só peço que guardes
O apertar de nossas mãos
Não sei o que mim

Pudera, em  pousar
Uma verdade tola
Se há tanta certeza
Sobre teus ombros

Que faço confissões
Ao meu íntimo
E só nos maltrata, ao transformar
Dessa juventude

Que vadio, se bebe
Num doce tormento
Que nunca se esvaece
E  vens a serenar, e renasce
Num  gosto perpetuo.

20/05/2014
Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Opus do amor


E os meus pés 
Que de tão cansados
E como um troco
A noite quando 

Se propaga, 
E o tempo de teu afagar, 
Se tens a ceifar, é nestes vales
Que me arrasta,

E logo vens purificar
Aos instantes,
Numa claridade integral
E a nos coroar, se pôr assim reinar?

É este o meu mais valia,
Evidenciando,
Que até o desde já deste presépio

Há vida,

E dela, se não cessar
Nosso ser inconstante 
Pois tens a você

Que muito adormece

Numa forma que conforma
Aos nossos abraços 
Nada te faltará.

17/05/2014Livro: 1.205 F: 251.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Letra pra melodia


E bem digo!, já que todo desventurar
Dali que se enobrece
tua forma espelhada
E quanto a este lado

As ondas se preenche
Nossa frequência
Já não importa,
Se haverá maremoto

Mas que desta nossa 
Linha indivisível
Intensifica, aquilo
Que não há mudança

E se nos tira o sossego
São coisas que nunca esqueço
A mesma beleza
Que ao deitar do nascente

Descobrindo que és tu,
E o mais, não surpreende
Tens um todo inspirar,
Assim como as andorinhas
Assobiam para sobreviver.

15/05/2014, Livro: 1.205 F: 251.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Trancado


E jogo as chaves 

Se tens o notar
Que adentro de meu âmago
Transborda esta queixa,

Que se isso, é aquilo
És tu quem me valha!,
Dá asas a serpente
Que nesta balada arrastada

Se eterniza
E nosso rir incerto,
Se depara ao escudo de teus olhos
Que é feito lâmina,

Rasga o dia,
E se perpetua,
A toda gratidão, e nos sustenta
E de um não mais regresser.


07/06/2014, Livro: 1.205 F: 251

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Bandeira branca


E observamos a cada cessar
E se  vejo que és tu,
Que habita no centro
Deste meu ser

Declamo a dependência

De quão ao precioso o valor
Numa quase ganância
Que vens a nos tirar

O folego,
E adorar-te assim,
Para nunca mais se perder
Aos ponteiros,

Que antes erravam
Hoje se estanca
Ecoa no ritmo de nossos braços 
Que se pôs a se casar

E liquidificador
Do tão somente antidoto
Que se tens a beber
De nossos lábios.

02/04/2014Livro: 1.205 F: 251.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Doce presença


E sobre teus moinhos,
Como neon,
Se domina!, só não duvides..
De cada raiar que nos traz

E que muito nos corteja 
Que não há!, 
Noutro canto, 
Quem se questiones!

Quão frágil tremor
Que se convence o orgulho
Se tens como refrigério
Em nossas vértebras

Numa forma
Que és de tão bem- dito
Feito um  por- do- sol
Que se dispõe, 
A decorar nossos lábios.

30/03/2014,
  Livro: 1.205 F: 251.


sexta-feira, 11 de julho de 2014

O despertar Alfa


E teu rir,
Que se tens o parecer de asas 
E quando o calar de nossas mãos
Nos dá conta,

Que haverá só o hoje
E numa dita matiz
Daquele teu olhar 
Que nos corrompe

A toda gratidão
E só se  reprime, 
A este teu jeito, verde de ser
E  quem me dera,

Que aos trocadilhos
Da fluência das nuvens!
Logo desabafa!
A nos  afagar, de tanto

Que prendes!, 
Ao desembaraçar
De nossa correnteza.

28/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O grão de Ametista


Sem você
Os dias não se aviva
As areias do deserto
Cessaria..

E dizem que, por aí
Há tantos descaminhos
E não os quero,
Sem que algum deles

Não houver
O teu bendito
Cheiro navegador
Já não dá para ocultar!
Que és feito um bordão

Se vens,
É como o chegar da mocidade
Como a força, onipotente da manhã
Que nos faz manha.

26/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ternura


E dias assim,
Escorrem dentre os dedos
A cada aurora, 
Já nem preciso dizer

Pois tens a obedecer
Aos teus olhos
Que são feito raio x
E tens o parecer

De nuvens 
numa garoa de verão
É nosso esboço
Se nos machuca

É que ainda há tanto ar
Numa imensidão,
A nos mimar,

E só mais uma vez
Das inúmeras, 
Nos alucinar
Ao sabor desta ternura.

23/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O aclamar de Vênus


Saquei o punhal

E pouco antes
Do correr de minhas veias
A graça de teu ser ímpar

Encara a imensidão
Como um animal que vai 
Ao longe,
E vens me cravas

A suas tangentes
Paralisa com o queimor
E nossas pernas incertas
A nos explicar,

É quase covardia
Tinges a sua cor
Como um porta estardarte
Nos veda a este pavilhão.

21/03/2014,  Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A galáxia


Enquanto de lá
Da linha turva
De teu olhar,
Que tens o parecer

Dum corpo celeste
Que devora, 
A renuncia, do vapor
Da partida, é que cultuamos..

Tanto apego, 
Que nos assina feito lei
Espalhando as digitais
E nos faz crer

No fluir,
Desta mesma videira
Se repousa, nosso contento
por ser eterno.

19/03/2014,
 Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Revanche


Acima do nível
Da cordilheira 
É assim,
Que me prendes!

A tuas vertentes
Sem pudor
Se revela,
O que anestesia

E troco de instantes
Minha pobre alma
E que se dane!
A todo pesar que nos sufoca

Nesta adoração
E quando me conquista
Calar-te com beijos
No confessar, de nosso intimo.

10/03/2014,
 Livro: 1.205 F: 251.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A rosa de Hiroshima


Quando cheguei  até aqui
Nada havia,
A não ser este mais
Que se  amplificava 
Mais por mais,

E que não seja por menos!
Se o vazio, é  sinônimo
Do vago silêncio...
Aclama o enluarar

E justo agora!
Nada haverei de querer
Senão, desdizer que fostes
O fúlgido esplendor

Que bombeia
Meus pontos vitais
E os devaneios nos aplaude
Ao nosso desfrutar.

26/02/2014Livro: 1.205 F: 251.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Trapezio


O que mais nos valia
Do granizo que se enlace 
E quanto custa a liberdade?
é um desalento

Que  nos debocha
Noutro lado da face
As esporas,
Deste desejo

É queda livre
Vou assaltar o entardecer
Para nos prostrar
Sem que faça piruetas

Pois tão sagrado descobrir
Que és tu que abocanha
Minhas estrofes, 
Neste oxigênio, que nos tatuou.

20/02/2014Livro: 1.205 F: 251.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Ordem e progresso


Há quantas vezes,
Os corredores nos exprimem
Mas há uma passarela
Ao teu deparar

Coisas assim,
Que se remetem
Numa colisão,
Na procissão jamais se intimida

E se desfalece,
Há os fisgo de arrame
De suas unhas cravadas
Inexprimível brasa,

Um disparate as colinas
Intercede nosso castiçal
é nessas horas que a fortuna
Nossos corpos um País.

16/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Entre o 8 e 80


No pavor do azul
Destes grilhões se surge
Se nada sei,
Quero é o tempo

Que rodeia em torno de?
Mistérios aparentes
Que não há de cessar
Nosso paladar,

Aquele de outrora
A sabedoria dos rabinos
Que logo se contenta
Para não contrair

Aos lampejos
Que nos instiga a sorte!,
Sufoca a nossa melancolia
E até posso ver o vislumbre
Que nos vela.

15/03/2014 Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Líbido


E hoje,
Posso querer-te
Assim, por nada dizer..
Tenho sede!,

De nossa doida esperança,
E no silêncio
Fantasiar teu lábios,
Ser cúmplices dessa trama

E nunca deixar se perder
Noutra alvorada
E toquem o clarim
Desvairado

É que lhe tenho
Tanto apreço,
Quem dera, grita-los
Nesta cobiça, i-m-o-r-t-a-l.

07/03/2014, 
 Livro: 1.205 F: 251.

sábado, 14 de junho de 2014

Acalanto


E nos governa, 
A cada por do sol
Essa força, que das embarcações
Nos herda,

As veredas, e vens
Sem lembrar
Das chaves,
E o vento, nos lança

Sobre as venetas
Que nos exige que abona nossas
Existências..
Que a um só!,

Somos um colossal
Que não seja quimera
Na corrente fadiga,
E deixa pesar!, teu colarinho ao meu. 

10/03/2014,
  Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Epifania


Vinhas na contra-mão
E sem retrair, 
Nosso paladar
Que sem licença, 

Ou  perdão,
Estende as farpas
De cada pedregulho
Ao ribeirão, e na claridade

A gloria, 
De nossos suspiros, nos entanca!
O sabor da noite
E fomos farrear..

Até os magos
Nos presentear,
Com essências,
Para que não distraia!, nossa sina.

09/03/2014
Livro: 1.205 F: 251.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Seu mestre mandou, amar-te.


E cá,  neste espaço terra!
Há tantos pontos de partida
Nos ordena!,
E pela veneziana

O astro-rei,  encoberta
Nossas almas,
E se reacende,
Já não se sabe

Das marcas!, 
Triunfa, em nossas entranhas
Desanda os palpites,
Na mira sideral

E numa cerimonia
Que emana da manhãs
A brindar nossa,
Refazenda.

03/02/2014Livro: 1.205 F: 251.

sábado, 7 de junho de 2014

Ciranda de Tétis


Essa mania que possues
Esmigalhar o fervor
Das águas,
E fostes a enxugar?

Há quantos remendos?
Tétis, a uma dádiva cardeal,
Nos une!
E que adora nos ver

Resmungar,
Quando muito nos assusta
De instantes  vens,
Feito mestre-sala

Com júbilo,
A um intimo enredo
Aponta, o que conduz 
Ao  firmamento, ardil de teus lábios

04/05/2014Livro: 1.205 F: 251.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O Éden


As cálidas  amêndoas
Desenhadas,
No Vidigal, abre alas
Ao teu cheiro que mordaça

Já que somos pássaros viajantes
E que nada há de temer
Sobre a qualquer veraneio
Uma atmosfera 

Faz morada
Em nosso quintal,
Prospera as tuas cores
E retrata,

A fotossíntese
Que se refugia em tua iris
E até o abismo, tens a ruir
Sobre a sombra de nossos braços.

27/02/2014, Livro: 1. 205 F: 251

terça-feira, 3 de junho de 2014

Saturno


Tu és a chama
Eu candeeiro,
E numa bem aventurança
Que não sei de onde vens

Deste véu feroz,
Nossa sedenta trilha
De quem muito
Contempla a maçã

E na  longevidade que se cai
Faz com que se desnuda
Em partes,
É, mas já estamos colados

Doma ao que já  tens nome
E  a cada pigmento
No solo  que nos abrange
As iniciais, cristais, e carmim.

24/02/2014 Livro: 1.205 F: 251.


domingo, 1 de junho de 2014

João e o pé de Feijão


E nesta babilônia,
Nossos laços se realinha
De uma forma tão branda!
Que tens o dom!,

De planta dormideira
Que nasce na beira 
Deste rio,
E a nos banhar

Nos oferta,
Que nada é "dor"
E a saciar esta gula
Que se fez chover no sertão

Tão leviano
Que surge a noite a nos casar
Num árido,
Sentir dourado.

05/02/2014Livro: 1.205 F: 251.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Os muros de Berlim


Desvendando o abrir
Do ícaro, me fermenta 
a vontade,
Do quão bem te quis

E neste percurso
Que nos une! a destrinchar
Teu codinome
Berlim!,

E nos condena!
Ao mesmo réu, 
E se os confundo,
Dando boas vindas 

Ao sinal das caravelas,
É que é luz,
E teus  olhos singular
Me dar ares, com  a luz do dia.

15/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Circo escola


Se eu pudesse somar
Seus ancestrais
E sobre a linha de tuas mãos
Que mera vaidade!,

E a qual ciclo que
Se compõe duma
Devoção, nas curvas
De suas expressões

Nestas lonas,
De tão lânguidos 
Que desta matéria,
Os teus, que de tão meus, 

É, bem sei!, somos protagonista
Da mesma rota, 
Neste mesmo palco, a nos alvejar
Entramos em cena!.

19/02/2014,
. Livro: 1.205 F: 251. 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

"Era uma vez" Os quatro elementos


E quanto, o tempo nos leva?
Para desatinar, 
Aquele desfalque, 
Feito uma melodia, 

Pra tua voz,
E neste esboço,
Dos respingos jazido
De teus olhos!,

Me traz o esconderijo 
Do calor de tua pele
Que me corta mais
Logo cura,

Que tens a cor de teu rir
De tão magistrais
Que a terra, se de "forma"
Nesta fábula, e seja lá, o que for.

17/02/2014. Livro: 1.205 F: 251.


sábado, 24 de maio de 2014

O formigueiro


Eis que finda,
O horizonte, nesta relva
E se milésimos dias
A compõe, nascida da Lua

E o translúcido Sol
Nos  veda,
Assim posso descrever,
O que nos refrigera,

Num gosto ímpeto
Que seu tamanduá, sobre este
Formigueiro,
Há uma peneira

E que o ferro não os fere,
Descende ao maná
E enraíza, as sementes
De nossa cidadela.

23/02/2014, Livro: 1.205 F: 251.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Sentinela


Em virtude que 
A orbita se repousa
Posso desdenhar, ah! estrelas,
Todas elas tem o teu brilho!

E faço seresta
Ao teu terno olhar
O sol  ainda me arde
E quando pensar

Que fartos estiver
Lembro que tua destra nos eleva
Nos mantem,
A este  planetário 

Onde os meteoritos
Quando atirado a beira mar
Numa maremoto nosso  reflexo
Nos pôs, a arejar.

21/02/2014
Livro: 1.205 F: 251.

sábado, 17 de maio de 2014

Os Castores


Hoje o céu,
De tão preguiçoso!
Faz teus gestos
E teus lábios

Que mais parece
Avelãs,
Num palpite que
Que acalma

E o teu cenho, a franzir 
Ao relógio parado
Até que vejamos
Os castores, que nos aterros
Pudera!,

Em construirmos algo 
Que pudesse nos valer
E bem sei, veremos 
o céu abrir

E nos ladrilhos 
Deste teus olhos, é um labirinto
Transparentes feito 
Bolinhas no ar.

30/03/2014, Livro: 1.205 F: 251.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Carrossel


Os trigos que semeei
Queria eu! 
E se junto aos lobos
Semear,

E os grãos 
A se germinar
Dar te-ei
O nó das paralelas

É,
Para não haver descompassos
Nossos passos
Sem luta!,

E neste carrossel
De pés descalços
E corpos febris
Nos ancorou.

25/02/2014, Livro: 1.205 F: 251

Roda Gigante


Do fogo, 

Que antes palha, se alastrou
E os tijolos?
De nada fere!

E quando  nos a veia
De certo! o ato de estar
Dizer que, 
Os juros se inflama

E sempre que houver 
Adoentados, até que debruce
Assopre é  frutífero
Nas alvoradas

Há pipas 
A se a alçar
As gotas reembolso
É  doce, Maria.

21/02/2014, Livro: 1.205 F: 251